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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Matéria publicada no jornal Folha de São Paulo de 18 de julho de 2010


4 comentários:

  1. CASO BRUNO - INDICIARAM VÁRIAS PESSOAS

    O delegado de Minas, que nem lembro o nome, indiciou todo mundo que foi preso no Caso Bruno, e também Fernanda, namorada de Bruno que não foi presa.

    Vejam que curioso.
    A mãe dos filhos de Bruno, que ficou com o bebê, foi presa.
    A namorada de Bruno, que ficou com o bebê, não foi presa.
    E as duas foram indiciadas.
    Ninguém explicou porque uma foi presa e outra não.

    Não foi apresentado um único fato ou prova real de que Bruno teria mandado matar ou estivesse na cena do crime.
    Tudo foi baseado no depoimento controverso e equivocadíssimo de um menor viciado em drogas, mentiroso contumaz comprovado, que mudou inúmeras vezes sua versão do caso.

    Em nenhum momento, Bruno representou perigo de fuga, e menos ainda atrapalhou as investigações.
    Mas foi preso do mesmo jeito, contra tudo que está escrito na lei sobre motivo de prisão preventiva.

    Tem mais, o famoso craque Zico, diretor do Flamengo, aceitou ser testemunha de defesa de Bruno.

    Tem mais ainda, o tal tio do menor que foi na rádio e denunciou um suposto crime, nem tio do menor era, mas se apresentou como sendo.
    Ele apenas namorou um tempo com a tia do menor.
    Mas não resistiu ao deslumbramento de ir no rádio denunciar Bruno, que nunca lhe deu a atenção devida.
    Preste atenção, caro leitor.
    Se você tiver uma tia que sai de vez em quando com alguém, cuidado, dê muita atenção a este alguém, pois amanhã ele poderá ir ao rádio dizer que o caro leitor matou alguém.

    Tem muito mais ainda neste triste caso.
    Tudo que o tal menor falou e que a polícia foi investigar, deu em nada.
    Mas a palavra dele valeu do mesmo jeito, mesmo não sendo comprovada.

    Não precisa nem ser advogado criminalista pra saber tudo que de errado foi feito na investigação e prisão dos acusados que pela Constituição não poderiam estar presos.
    Mas faz tempo que a Constituição passou a ser apenas mais um livro a ser vendido nas livrarias.

    O Brasil está precisando de sucursais do Supremo Trubunal Federal em cada cidade, pra que os equívocos acontecidos em casos criminais possam ser corrigidos a tempo.

    E pra completar, com tudo que foi dito, hoje à tarde o delegado de Minas ainda vai dar coletiva.
    E vai dizer que o inquérito está completo e os acusados indiciados.
    Mesmo sem corpo encontrado, mesmo sem um vestígio de tal, mesmo com toda a investigação lastreada num depoimento incoerente e controverso de um menor viciado em drogas, denunciado por um tio que nem era tio dele, mas se apresentou como tal pra aparecer no rádio e na mídia.

    Estou esperando que algum leitor desminta uma única palavra do que foi dito acima.
    Apenas uma única palavra que tenha sido mentirosa.



    Escrito por James Akel às 06h21
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  2. CASO BRUNO - ACAREAÇÃO DESMENTE VERSÃO DA POLÍCIA SOBRE CASO

    A acareação feita ontem entre o menor e seu primo Sérgio desmente totalmente a versão dantesca da polícia de Minas sobre a morte de Eliza.
    Pior que a polícia trilhar esse caminho da fantasia é a Justiça corroborar com essa teoria.
    Estamos num caso nítido de criação de fatos que acusam pessoas sem provas ou até evidências.
    São palavras ditas por policiais que não podem ser tomadas como fatos.

    Alguns dias atrás, numa coletiva, o delegado de Minas bradava ter evidências cabais da participação de Bruno na morte de Eliza, mas quando uma repórter pediu que ele citasse apenas uma evidência, ele gaguejou e nada disse que comprovasse.

    Esta coluna nunca defendeu a não-investigação, mas exatamente por este colunista ter militado na mídia durante o regime militar, é que não pode compactuar com atitudes de autoritarismo que desconhecem a Constituição.
    A palavra de um delegado não é lei.
    Ao delegado cabe comandar uma investigação.
    E dessa forma concluir um inquérito policial que precisa de provas reais e não achismos pessoais teatralizados.

    Até a postura perante a mídia precisa ser imparcial, baseada em fatos e não interpretações emocionais.

    Niguém tem dúvida da morte de Eliza.
    Mas se a teoria é a do mando de Bruno por causa da intimidação de Eliza, essa teoria se esvai pelo fato de que Eliza não era a única mulher que ameaçava Bruno, homem tido à aventuras irresponsáveis sexuais.
    Por esta teoria apresentada pela polícia, Bruno deveria ter mandado matar pelo menos meia dúzia de mulheres.
    Então, a teoria de acusação é midiática.

    Não devemos nos emocionar com declarações que não têm fundamento.
    A Constituição deve ser preservada e respeitada, com a tristeza de voltarmos a uma outra ditadura, a das autoridades, caso a Carta Magna seja desconsiderada.

    A mídia que foi tanto espezinhada no regime militar não pode compactuar com a desconsideração das leis que regem o país.
    Lei foi feita pra ser respeitada, pois desconsiderá-la será o caminho da perseguição de inocentes no futuro.



    Escrito por James Akel às 06h14

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  3. CASO BRUNO - SITUAÇÃO DE ESTRANHA INVESTIGAÇÃO

    Até hoje ninguém achou o corpo de Eliza.
    E olha que o tempo não foi pequeno.
    Afinal, a polícia que se mostrava tão ansiosa televisivamente, não teve tanta eficiência no seu trabalho efetivo.
    O único grande sucesso obtido pela polícia foi o filminho realizado dentro do avião que carregava Bruno e Macarrão, avião este lotado de policiais.
    E o filme foi parar na Globo.
    Tenho certeza que a Globo nada pagou pra ter tal filme.
    Nem é o feitio deles tal.
    Com certeza o filme foi deixado na portaria da Globo, sem nome no envelope.
    Ou seja, a Globo com certeza não tem a menor ideia de quem lá mandou isso.
    Então se não sabe quem entregou nem precisa dizer quem fez.
    E não precisaria dizer, pois isto é segredo de fonte.

    Toda denúncia que gerou as prisões foi feita por um menor viciado em drogas, que cada dia dá uma versão diferente.
    E agora seu advogado revela que o menor nunca falou o que a ele foi atribuído, ou seja, o delegado que tomou o depoimento pode ter sido criativo.
    Basta ver o jeito teatral com que o delegado mineiro deu a entrevista pra imprensa do Brasil.
    Pra não dizer da outra delegada que puxava Bruno pelo braço em forma de demonstrar o troféu conquistado.

    Muito tempo já se passou.
    Não existe caso perfeito.
    Mas até hoje a polícia mineira não achou um detalhe sequer que pudesse esclarecer um único momento do suposto crime.
    A única coisa lógica que apareceu foi uma carta que foi enviada pra Record, mas que a polícia fez questão de não reconhecer como possibilidade real de caminho.
    Mas essa carta foi a única coisa lógica e real que apareceu até agora.
    Porém, se aceitarem a carta, terão que investigar de verdade, e terão que ter eficiência pra isto.

    Até agora nem conseguiram colocar Bruno na cena do crime, nem a ele atribuir o mando do crime, qualquer que seja.
    Nem podemos a ele atribuir o crime da omissão, caso ele estivesse perto de criminosos e não lhes tivesse denunciado.
    Afinal, a própria Eliza denunciou que apanhou de Bruno e nem a juíza do Rio lhe deu proteção legal, garantida pela lei Maria da Penha, nem o promotor abriu qualquer processo, coisa que apenas fez oito meses depois, quando a mídia colocou a situação na televisão.

    Se houve crime, foi feito por profissionais e não por meia dúzia de drogrados.
    Bruno não teria motivo pra matar, mas se Eliza estivesse ameaçando falar sobre os amigos de Bruno estarem envolvidos com coisas ilícitas, outras pessoas teriam o motivo.
    Se fosse do perfil de Bruno mandar matar, outras mulheres, que estão processando Bruno já teriam sido mortas.
    A cada dia que passa, mais se desfazem as supostas investigações, que até agora não passaram de ouvir palavras de um jovem viciado em drogas que a todo momento muda de conceito e ideia.

    Há muitos anos, no tempo de Getúlio Vargas, Carlos Lacerda fazia denúncias ferozes contra Getúlio e Lacerda era ovacionado pelo povo onde ia.
    Mas, quando Getúlio se suicidou, o jornal de Lacerda foi quase invadido pelo povo que queria agredir Lacerda, que o povo achava que foi o causador do suicídio do ditador.
    Esta é a postura do povo.

    Fico pensando se não estamos diante de um novo caso de Escola de Base.



    Escrito por James Akel às 09h05
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    Quinta-feira , 22 de Julho

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  4. A propria mae do menor falou no programa mais voce que ele era muito mentiroso...
    Sem falar que Sergio diz q so ouviu a historia da boca do menor, q ele em si nao viu nada, entao nao soa duas versoes, é somente uma!

    E aquela delegada muito pequenininha segurando o braco do Bruno era muito esquisito mesmo, parecia uma professora malvada levando o aluno p castigo hehehe

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